Muito bom dia colegas cariocas!
Realmente, estou muito contente de estar de volta à Cidade Maravilhosa. Assim como John mencionou, para mim é muito especial voltar e celebrar com vocês, que sempre estão celebrando alguma coisa. Mas nesse momento, na celebração dos 450 anos da cidade é muito importante estar aqui e voltar à cidade maravilhosa, que como bem diz Jorge Ben-Jor, “é um país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza”. Ontem à noite estava lembrando a música e as palavras tão lindas da música brasileira. E estar aqui no Rio, neste momento, é muito especial para mim.
Gostaria também de dar boas vindas e destacar a presença dos nossos convidados especiais e as autoridades de estarem nos acompanhando nessa celebração. Estamos juntos para celebrar os 450 anos da cidade do Rio de Janeiro e declarar hoje o nosso consulado no Rio de Janeiro como embaixada por um dia. Os Estados Unidos e o Brasil através dos anos passaram por muita coisa juntos, compartilharam experiências semelhantes. Nossos países ganharam independência de poderes coloniais e apoiaram um ao outro desde os primórdios de nossas repúblicas.
O primeiro chefe de estado a visitar os Estados Unidos, foi Dom Pedro II. E quando o Brasil declarou sua independência de Portugal, os Estados Unidos foi o primeiro país a reconhecer o Brasil como uma nação independente, inaugurando uma era de cooperação entre os nossos dois países.
Em 1936, antes da era dos aviões, o Presidente Franklin Delano Roosevelt a bordo de um navio a vapor viajou para a América do Sul e visitou o Rio de janeiro. Ele teve uma reunião com o Presidente Getúlio Vargas, chamando o Brasil uma nação irmã. Roosevelt disse que duas pessoas inventaram o New Deal (novo acordo) – o Presidente do Brasil e o Presidente dos Estados Unidos. Há quase 80 anos, os presidentes Roosevelt e Vargas aliaram-se como os dois maiores países das Américas, contra as potências do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial.
Nossos países continuaram esta cooperação de várias maneiras desde então, enfrentando muitos desafios semelhantes. Nós atravessamos lutas comparáveis no processo de aperfeiçoamento de nossas democracias. Nós já vimos o fim da escravatura em nossos respectivos países, a evolução dos movimentos de direitos civis e a implementação de medidas de ação afirmativa. Na verdade, muitas das etapas iniciais para adotar planos de ação afirmativa no Brasil começaram aqui no Rio de Janeiro. Através do Plano de Ação Conjunta para Eliminar a Discriminação Racial, o Brasil e os Estados Unidos assinaram o primeiro acordo bilateral, centrando-se sobre o racismo.
No caso do meio ambiente, eu sei que o Rio de Janeiro através de seu prefeito, assumiu a liderança, com o seu mandato como presidente do Fórum C40, na expansão de ganhos ambientais, em conjunto com a Clinton Climate Initiative e outros prefeitos em todo o mundo. Nossos países sabem a importância das fontes de energia limpa e renovável. Através da Iniciativa Conjunta Brasil-Estados Unidos sobre Sustentabilidade Urbana, nós cooperamos em oportunidades para criar uma infra-estrutura e tecnologia mais limpa, especialmente à luz dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
E dada a riqueza cultural e o calor dos Cariocas, para não mencionar seu talento atlético, a cidade do Rio foi escolhida para sediar o próximo Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Não conheço muitas cidades que abrigaram tantos mega eventos, como a Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo, e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em um periodo tao curto.
Não só o Rio de Janeiro tem sido o Centro Internacional de eventos desportivos, tem sido também um centro de inovação, e isso floresce no Brasil ascendendo com sucesso para as empresas de tecnologia e startups a se estabelecerem aqui. Empresas americanas como a General Electric, Cisco, e IBM têm investido milhões de dólares, apostando no Rio e na sabedoria do seu povo. Não faz muito tempo que acompanhei o pessoal da General Eletric aqui a abrir um centro de pesquisa com um investimento de $250 milhões que vão com certeza reunir vários cientistas de vários setores muito importantes para o desenvolvimento não somente do país, mas também a nível global. A história mostra novamente o Rio de Janeiro como uma das cidades vitais em transformar o Brasil, levando-o para o cenário global.
Para o 450º aniversário da cidade, a nossa missão diplomática patrocinara dois eventos para mostrar nossos laços especiais a cidade. Em agosto, o grupo de fusão de rock clássico Break of Reality irá realizar concertos de música brasileira e americana, com a Orquestra Sinfônica Brasileira, na Cidade das Artes e na Sala Cecília Meireles. Para o “Mês da Consciência Negra” em novembro, nós vamos trazer a exposição do Smithsonian “Palavra, grito, canção,” que discute o trabalho do Afro Americano Lorenzo Turner que é pesquisa pioneira em laços linguísticos e culturais entre as comunidades afrodescendentes na Carolina do Sul e Rio, Bahia e Pernambuco.
Nós desenhamos um logotipo especial em homenagem aos 450 anos da cidade, que você pode ver na parede, como chapéu do Tio Sam, que será utilizado ao longo do ano na mídia social e em conjunto com os dois programas que acabei de mencionar.
Em 1825, os Estados Unidos abriram sua Missão Diplomática no Rio de Janeiro, estabelecendo relações diplomáticas entre nossas duas grandes nações. Oitenta anos depois, os Estados Unidos transformou sua missão diplomática na sua primeira Embaixada no Brasil em 1905, tornando-se a primeira embaixada dos Estados Unidos em toda a América do Sul. Por favor junte-se a mim, 110 anos depois, na declaração do Rio de Janeiro como embaixada dos Estados Unidos hoje!
Viva a Carioquice!