Declarações do presidente Trump sobre o plano de ação conjunto global

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14:13 EDT

PRESIDENTE:  Meus concidadãos americanos: Hoje, eu quero atualizar o mundo sobre os nossos esforços para evitar que o Irã adquira uma arma nuclear.

O regime iraniano é o principal Estado a patrocinar o terror.  Ele exporta perigosos mísseis, alimenta conflitos em todo o Oriente Médio e apoia representantes e milícias terroristas como o Hezbollah, o Hamas, o Talibã e a Al-Qaeda.

Ao longo dos anos, o Irã e seus representantes bombardearam embaixadas e instalações militares americanas, assassinaram centenas de membros das forças americanas e seqüestraram, prenderam e torturaram cidadãos americanos.  O regime iraniano financiou seu longo reinado de caos e terror ao saquear a riqueza de seu próprio povo.

Nenhuma ação tomada pelo regime foi mais perigosa do que a sua busca por armas nucleares e por os meios de fornecê-las.

Em 2015, o governo anterior juntou-se a outras nações em um acordo sobre o programa nuclear do Irã. Este acordo ficou conhecido como Plano de Ação Conjunto Global, ou JCPOA.

Teoricamente, o chamado “acordo com o Irã” deveria proteger os Estados Unidos e nossos aliados da insanidade de uma bomba nuclear iraniana, uma arma que só colocará em risco a sobrevivência do regime iraniano. Na verdade, o acordo só permitiu que o Irã continuasse a enriquecer urânio e, ao longo do tempo, atingisse um avanço nuclear.

O acordo retirou do Irã sanções econômicas limitadoras em troca de limites muito fracos sobre a atividade nuclear do regime, e de limites inexistentes sobre o seu outro comportamento maligno, incluindo suas sombrias atividades na Síria, Iêmen e outros lugares ao redor do mundo.

Em outras palavras, no momento em que os Estados Unidos tiveram o máximo de poder, este acordo desastroso deu a este regime — e é um regime de grande terror — muitos bilhões de dólares, alguns deles em dinheiro vivo de verdade — um grande constrangimento para mim como cidadão e para todos os cidadãos dos Estados Unidos. 

Um acordo construtivo poderia ter sido selado naquele momento, mas não foi. No seio do acordo com o Irã havia uma gigantesca ficção de que um regime assassino desejava apenas um programa pacífico de energia nuclear.

Hoje, temos provas definitivas de que a promessa iraniana era uma mentira.  Na semana passada, Israel publicou documentos de inteligência há muito escondidos pelo Irã, mostrando conclusivamente o regime iraniano e seu histórico de buscas por armas nucleares.

A verdade é que foi um acordo unilateral horrível, que nunca deveria ter sido feito.  Ele não trouxe tranquilidade, ele não trouxe paz, e nunca trará.

Nos anos subsequentes ao acordo, o orçamento militar do Irã cresceu quase 40%, enquanto sua economia está indo muito mal. Depois que as sanções foram retiradas, a ditadura usou seus novos fundos para construir mísseis com capacidade nuclear, apoiar o terrorismo e causar estragos em todo o Oriente Médio e em áreas além dessa região.

O acordo foi tão mal negociado que, mesmo que o Irã o cumpra integralmente, o regime ainda pode estar à beira de um grande avanço nuclear em um curto espaço de tempo. As cláusulas de caducidade do acordo são totalmente inaceitáveis. Se eu permitisse a manutenção desse acordo, haveria em breve uma corrida a armas nucleares no Oriente Médio. Todos iriam querer suas armas prontas assim que o Irã tivesse as suas.

Para piorar as coisas, as cláusulas de inspeção do acordo carecem de mecanismos adequados para evitar, detectar e punir fraudes, e tampouco têm o direito incondicional de inspecionar vários locais importantes, incluindo instalações militares.

O acordo não somente é falho ao não deter as ambições nucleares do Irã, como também falha em abordar o desenvolvimento de mísseis balísticos pelo regime que poderiam resultar em ogivas nucleares.

Finalmente, o acordo não faz nada para limitar as atividades de desestabilização do Irã, incluindo o seu apoio ao terrorismo. Desde o acordo, as sangrentas ambições do Irã têm ficado crescentemente com menos pudor.

À luz dessas falhas gritantes, anunciei em outubro passado que o acordo com o Irã deve ser renegociado ou extinto.

Três meses depois, em 12 de janeiro, repeti essas condições. Deixei claro que se o acordo não pudesse ser reparado, os Estados Unidos deixariam de integrá-lo. 

Nos últimos meses, nos engajamos extensivamente com nossos aliados e parceiros em todo o mundo, incluindo a França, a Alemanha e o Reino Unido.  Nós também consultamos todos os nossos amigos do Oriente Médio.  Estamos unidos em nosso entendimento sobre a ameaça e em nossa convicção de que o Irã nunca deve adquirir uma arma nuclear.

Após essas consultas, fica claro para mim que não podemos impedir uma bomba nuclear iraniana com a estrutura decadente e podre do atual acordo.

O acordo com o Irã é defeituoso em sua essência. Se não fizermos nada, sabemos exatamente o que acontecerá. Em um curto período de tempo, o principal patrocinador do terror do mundo estará prestes a adquirir as armas mais perigosas do planeta.

Por conseguinte, estou anunciando no dia de hoje que os Estados Unidos se retirarão do acordo nuclear com o Irã.

Em alguns instantes, assinarei um memorando presidencial para começar a restabelecer as sanções americanas ao regime iraniano. Instituiremos o mais alto nível de sanções econômicas. Qualquer nação que ajudar o Irã em sua busca por armas nucleares também poderá ser fortemente sancionada pelos Estados Unidos.

A América não mais será refém de uma chantagem nuclear. Nós não permitiremos que as cidades americanas sejam ameaçadas pela destruição. E não permitiremos que um regime que entoa “Morte à América” tenha acesso às armas mais mortíferas da Terra.

A ação de hoje envia uma mensagem importante: Os Estados Unidos não fazem mais ameaças vazias. Quando faço promessas, eu as mantenho. Na verdade, neste exato instante, o secretário Pompeo está a caminho da Coreia do Norte, preparando minha futura reunião com Kim Jong-un. Planos estão sendo feitos. Relações, construídas. Espera-se que um acordo aconteça e, com a ajuda da China, da Coreia do Sul e do Japão, um futuro de grande prosperidade e segurança possa ser alcançado para todos.

Ao sairmos do acordo com o Irã, estaremos trabalhando com nossos aliados para encontrarmos uma solução real, abrangente e duradoura para a ameaça nuclear iraniana. Isso incluirá esforços para eliminar a ameaça do programa de mísseis balísticos do Irã; para parar suas atividades terroristas em todo o mundo; e para bloquear suas ameaçadoras ações em todo o Oriente Médio. Nesse ínterim, poderosas sanções terão efeito completo. Se o regime continuar com suas aspirações nucleares, ele terá problemas maiores do que os que teve anteriormente.

Finalmente, eu gostaria de enviar uma mensagem ao povo iraniano que por longo tempo tem sofrido: O povo americano está com vocês. Já se passaram quase 40 anos desde que esta ditadura tomou o poder e fez essa orgulhosa nação de refém. A maioria dos 80 milhões de cidadãos do Irã, infelizmente, nunca conheceu um Irã que prosperou em paz com seus vizinhos e atraiu a admiração do mundo.