Em 24 de maio, a Polícia Civil do Rio de Janeiro concedeu ao diplomata e agente do Serviço de Segurança Diplomática (DSS) do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew N. Jackson, uma de suas mais altas honras: a Medalha Amizade, em reconhecimento ao trabalho feito em prol do avanço da cooperação internacional e segurança pública no Brasil. Jackson é o primeiro estrangeiro a receber essa distinção da Polícia Civil, concedida pela primeira vez em 1988.
Jackson supervisiona o programa de investigação no exterior do DSS no Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro. Ele foi reconhecido por seu trabalho com a polícia brasileira no combate ao crime transnacional, oferecendo assistência e aumentando a colaboração com as autoridades policiais americanas. De acordo com Jackson, ele e as equipes do DSS no Rio, São Paulo, Recife e na embaixada em Brasília apoiaram os brasileiros por meio de treinamentos de métodos e técnicas de combate à criminalidade que são essenciais aos esforços do país para proteger as fronteiras e combater o narcotráfico, a violência armada e o crime organizado.

Ao mesmo tempo, a parceria também apoia, segundo Jackson, os Estados Unidos: “Esse trabalho conjunto ajuda os Estados Unidos a aprimorarem sua segurança nacional e integridade de suas fronteiras”. Ele está orgulhoso dessa iniciativa que dá às autoridades policiais americanas acesso direto aos seus correspondentes brasileiros, que são parceiros confiáveis no compartilhamento de informações essenciais a investigações. Na cerimônia, Jackson também destacou outro exemplo dos esforços do DSS no Rio: organizar um treinamento de combate à violência armada do Departamento Americano de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) para agentes de segurança brasileiros. O Rio de Janeiro criou recentemente a primeira unidade de polícia a nível estadual dedicada exclusivamente ao combate do tráfico de armas, cujo apoio do ATF e DSS consolidou ainda mais a parceria já existente entre as autoridades policiais dos dois países.
“O tráfico de armas é um enorme problema e uma grande preocupação tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil, especialmente porque alimenta a violência relacionada a drogas”, disse Jackson. “Mas nossa parceria com os brasileiros gerou alguns resultados impressionantes na luta contra crimes transnacionais”, afirmou. Jackson também falou sobre uma colaboração bilateral entre o DSS, outras agências policiais dos Estados Unidos e os brasileiros, que resultou na maior apreensão de cocaína já realizada na região da Costa Verde, no Rio de Janeiro.
Para Jackson, sua experiência no Rio tem sido muito satisfatória, por proporcionar a oportunidade de aliar diplomacia à atividade policial, duas profissões com perspectivas e abordagens muito diferentes. “Eu tenho visto como a interseção entre a atividade policial e a diplomacia aumenta a segurança nacional dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que fortalece os esforços da nação parceira para melhorar sua própria segurança”, disse Jackson. “Todo mundo ganha”, concluiu.
Em sua posição, Jackson trabalha em colaboração com a unidade de assuntos consulares do Consulado do Rio, que controla a emissão de vistos de imigrantes e não-imigrantes para estrangeiros que queiram visitar os Estados Unidos. “Um das minhas principais atribuições é ajudar os meus colegas enquanto eles trabalham para garantir que apenas os solicitantes legítimos possam viajar, assegurando que outros sejam impedidos de obter visto para entrar no país. O compartilhamento de informações entre os Estados Unidos e as forças de segurança brasileiras é fundamental neste processo. O Brasil fornece um belo exemplo dos benefícios de uma cooperação próxima dos EUA com um país parceiro.”
Jackson se juntou ao Departamento de Estado em 2010. Anteriormente, atuou o escritório de Nova Iorque e no Iêmen. Nascido em Nova Iorque, ele é graduado pela Universidade de Harvard e pela Faculdade de Direito da Universidade de Virgínia.