Discurso na Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil

Bom dia!

Gostaria de começar agradecendo a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária, especialmente o Presidente João Martins da Silva, pelo convite para falar neste importante evento. Também gostaria de agradecer o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos que organizaram esse diálogo produtivo sobre questões que são de extrema importância para os setores agrícolas dos nossos dois países.

É um momento importante nas nossas relações bilaterais já existentes e falar de reaproximação, o Presidente Obama mencionou “novo e mais ambicioso capítulo da relação entre nossos dois países”.

O Brasil e os Estados Unidos são duas das maiores potências agrícolas mundiais. Os agricultores dos dois países compartilham técnicas de cultivo semelhantes, liderança na produção das principais commodities agrícolas e representam o único setor com um excedente comercial. Os setores agrícolas enfrentam desafios semelhantes com o acesso ao mercado, programas de apoio ao produtor e mudanças climáticas. Trabalhamos em conjunto para tratar de questões de acesso ao mercado em terceiros países, realizamos pesquisas agrícolas, incentivamos a inovação e somos líderes globais no combate às mudanças climáticas. Bons exemplos disso são o trabalho em conjunto de pesquisas entre a EMBRAPA e Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura – USDA, além dos Grupos de trabalho de Alto Nível entre o USDA e o MAPA para coordenar políticas nas organizações internacionais de agricultura.

Um dos exemplos mais claros desta parceria é o evento de hoje, que é o resultado de uma forte colaboração entre Departamento de Agricultura – USDA, CNA e MAPA. Quando eu me encontrei com a Ministra Abreu pela primeira vez no início deste ano, discutimos a necessidade de ambos os países trabalharem em conjunto e compartilharem informações sobre a melhor forma de fornecer suporte plurianual aos nossos produtores. Eu também sei que o Secretário de Agricultura – USDA, Tom Vilsack apoia plenamente o intercâmbio de informação entre o Brasil e os Estados Unidos, como estamos fazendo hoje.

Hoje, vocês vão ouvir sobre a política comercial agrícola dos Estados Unidos e como ela apoia o nosso comércio e é um tópico extremamente importante para os setores agrícolas dos nossos dois países. Quando o Presidente Obama e a Presidente Dilma se encontraram em Washington em junho desse ano, eles se comprometeram a expandir o comércio e o investimento. Estou muito contente em ver que a CNA também apoiar esses esforços e aguardo com expectativa o nosso contínuo compromisso para impulsionar o nosso comércio bilateral.

Embora o Brasil e os Estados Unidos sejam concorrentes nos mercados internacionais de commodities, a nossa relação é sustentada por uma forte colaboração em pesquisa agrícola, interesses comuns em mercados abertos, eliminação de políticas e barreiras que distorcem o comércio e os esforços para lidar com a mudança climática e segurança alimentar. Estes são alguns dos exemplos que descrevem o vigor e o potencial da nossa relação. Toda vez que eu penso na nossa relação bilateral, constantemente me lembro de uma frase do vice presidente Biden durante uma de suas visitas ao Brasil: “o céu é literalmente o limite do que podemos alcançar juntos”.

Sei que essa frase certamente se aplica ao nosso relacionamento na área agrícola. E sei também que é um setor vital para ambas as nossas economias. Gostaria de encorajá-los a continuarem esta parceria e este diálogo para abordar as oportunidades e os desafios que os nossos dois países enfrentam. Vocês representam um modelo comprovado de como o trabalho em conjunto pode fortalecer ainda mais os laços entre o Brasil e os Estados Unidos. ,E assim, podemos alcançar esses objetivos.

Obrigada.