A exposição ‘Gullah, Bahia, África”, que retrata a vida e história do primeiro linguista negro dos EUA, Lorenzo Dow Turner, foi inaugurada, no último dia 18, no museu Afro Brasil. A mostra é uma colaboração entre o Smithsonian, maior complexo do mundo de museus e pesquisa, e do Museu Afro Brasil, com apoio da Embaixada dos EUA.

Lorenzo Dow Turner foi pioneiro no estudo de idiomas africanos e identificou semelhanças entre o Gullah, um dialeto falado em comunidades isoladas do sul dos Estados Unidos, o inglês, e o idioma falado por praticantes do candomblé. Por esse motivo, Dow Turner veio ao Brasil em 1940 e viveu por quase um ano na Bahia, estudando dialetos.
Quando Lorenzo morreu, suas pesquisas e seu arquivo foram doados ao Anacostia Community Museum, parte do Smithsonian, e lá foram estudados pela pesquisadora brasileira Alcione Meira Amos, curadora da exposição, que foi apresentada no próprio museu, localizado em Washington D.C. e depois itinerou por outras partes dos Estados Unidos.

A cerimônia de abertura contou com a participação da nova diretora da seção de cultura, educação e imprensa do Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, Corina Sanders, do diretor do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo, do adido cultural Scott Smith, além de autoridades governamentais, artistas, representantes de instituições que atuam na promoção da inclusão étnica e racial no Brasil, pesquisadores e estudantes. O cônsul-geral Ricardo Zuniga visitou a exposição antes da abertura oficial e fez uma visita guiada do acervo do Museu Afro Brasil conduzida pelo próprio diretor do museu Emanoel Araujo.