INFORMATIVO: Aproveitamento da revolução dos pequenos satélites para promover inovação e empreendedorismo no espaço

CASA BRANCA
Escritório do Secretário de Imprensa

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Na semana passada, o presidente Obama escreveu sobre o progresso que fizemos como nação nos últimos oito anos para garantir que o nosso programa espacial continue a inspirar gerações de estudantes e seja a principal fonte de inovação no país. Essencial para esse trabalho tem sido o desenvolvimento de tecnologias novas e inovadoras que continuem a abrir novas fronteiras no espaço e testar os limites do conhecimento e das descobertas.

Hoje, os astronautas Scott e Mark Kelly visitam a Casa Branca para conversar com o presidente exatamente sobre esses avanços. Uma área fundamental para o desenvolvimento da tecnologia é tornar os satélites mais viáveis economicamente, adaptáveis e aptos a fornecer os tipos de informação em tempo real que nos ajudarão a avançar o conhecimento no espaço e aqui na Terra.

Nos últimos anos, empresas comerciais, órgãos governamentais, pesquisadores universitários e laboratórios nacionais têm demonstrado a capacidade dos pequenos satélites e das constelações de pequenos satélites de apoiar importantes aplicações comerciais, civis e de segurança nacional. Essas aplicações incluem conexão à internet de alta velocidade para comunidades rurais remotas e transformação da compreensão humana sobre o mundo à nossa volta com imagens de todo o planeta atualizadas continuamente.

Os satélites tradicionais de grande porte, que podem pesar dezenas de milhares de quilos e ser do tamanho de um grande ônibus escolar, fornecem recursos importantes para as comunicações, o sensoriamento remoto e a ciência, mas normalmente custam milhões de dólares e levam anos para ser construídos e lançados. Por causa do investimento gigantesco necessário para construir, lançar, operar e colocar no seguro satélites maiores, durante a maior parte da metade do século passado, apenas os governos e as grandes empresas tiveram recursos suficientes para operar satélites no espaço.

O recente advento dos pequenos satélites – espaçonaves que pesam em torno de algumas gramas a no máximo algumas centenas de quilos – mudou a situação. Os mesmos avanços tecnológicos nas áreas de eletrônica e comunicações que possibilitaram o desenvolvimento dos smartphones e colocaram um poder significativo de informática na palma da mão das pessoas estão permitindo a cientistas e engenheiros projetar pequenos satélites e redes coordenadas de vários pequenos satélites (conhecidas como “constelações de pequenos satélites”) que proporcionam uma grande variedade de novos recursos em órbita.
Esses recursos podem às vezes ser entregues a uma fração do custo e do tempo dos sistemas legados de satélites. Cientistas e engenheiros conseguem testar seus sistemas em órbita com maior rapidez, o que lhes permite desenvolver sistemas novos e melhores mais rápido, reduzir o ciclo de inovação e, finalmente, levar a “Lei de Moore” para o espaço.

Por todas essas razões, o Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia (OSTP) anuncia hoje a iniciativa “Aproveitamento da Revolução dos Pequenos Satélites”. Trabalhando com a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa), o Departamento de Defesa, o Departamento de Comércio e outros órgãos federais, o OSTP identificou as oportunidades relacionadas a seguir para promover e apoiar o uso privado e governamental de pequenos satélites em sensoriamento remoto, comunicações, ciência e exploração do espaço. O OSTP continuará a trabalhar com órgãos federais para identificar outras medidas que possam fomentar a inovação no desenvolvimento e no uso de tecnologias de pequenos satélites.

  • A Nasa vai propor até US$ 30 milhões para financiar a compra de dados para pequenos satélites, dos quais até US$ 25 milhões para financiar a compra de dados derivados e adquiridos de constelações de pequenas espaçonaves não governamentais e US$ 5 milhões para fazer avançar as tecnologias de constelações de pequenas espaçonaves. A curto prazo, a Nasa pretende comprar dados de observação de Ciências da Terra, como imagens de terras de resolução moderada e dados de rádio ocultação. A agência também está se comprometendo a fazer uma análise abrangente das missões espaciais a fim de verificar quais as necessidades científicas e de exploração que poderiam ser supridas de forma mais efetiva com o uso das tecnologias de pequenos satélites.
  • A Nasa vai abrir no início de 2017 o Instituto Virtual de Pequenas Espaçonaves no Centro de Pesquisas Ames no coração do Vale do Silício. O Instituto Virtual será um centro único de conhecimento técnico nas áreas tecnológicas de pequenas espaçonaves em rápido crescimento. Terá também a finalidade de promover na agência programas, diretrizes, oportunidades e melhores práticas pertinentes, bem como compartilhará as lições aprendidas nas missões de pequenos satélites. Para aproveitar plenamente os rápidos ciclos de iteração associados aos pequenos satélites, a Nasa também está trabalhando para padronizar suas práticas de gestão relacionadas com as missões de pequenos satélites com vistas a reduzir o ônus administrativo dessas missões em comparação com as missões espaciais tradicionais maiores.
  • A Agência Nacional de Informação Geoespacial (NGA) firmou um contrato de US$ 20 milhões com a Planet, startup que está atualmente construindo uma constelação de pequenos satélites de geração de imagens na órbita baixa da Terra. Isso permite que a NGA obtenha da Planet imagens de pelo menos 85% da massa terrestre do nosso planeta a cada 15 dias. As imagens têm muitos usos operacionais, inclusive monitoramento ambiental, aumento dos recursos de resolução mais alta, detecção de mudanças e respostas a perguntas da área de inteligência.
  • A NGA está fazendo parceria com a Administração de Serviços Gerais para desenvolver um único ponto eficiente para acessar e comprar dados de imagens, recursos analíticos e serviços fornecidos comercialmente. Esse esforço, denominado Iniciativa Comercial para a Compra de Inteligência Geoespacial Operacionalmente Responsiva (Ciborg), fará conexão com fontes comerciais confiáveis e identificará os produtos adequados para suprir as necessidades dos usuários de serviços de inteligência e o recurso certo para o problema de inteligência em questão. A Ciborg é projetada também para se tornar uma iniciativa “benéfica para o governo”, permitindo aos usuários do governo americano solicitar e compartilhar dados por esse processo.
  • O Departamento de Comércio está promovendo a função do Escritório de Comércio Espacial para refletir a crescente importância do comércio espacial como impulsionador de crescimento econômico, produtividade e geração de empregos. Isso possibilitará ao diretor do escritório assessorar o secretário de Comércio sobre questões comerciais do espaço e permitirá ao escritório coordenar políticas sobre questões fundamentais como licenciamento, controles de exportação, promoção de exportação e dados abertos. A função estatutária do diretor é agir como defensor e ouvidor do setor de comércio espacial no governo federal, e ele trabalhará com órgãos federais para ajudá-los a aproveitar plenamente os novos recursos (como pequenos satélites, constelações de pequenos satélites, capacidade de lançamento específica para pequenos satélites e análise de dados) que estão sendo desenvolvidos pelo setor privado.
  • No mês passado, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa) firmou os primeiros contratos do programa piloto de dados meteorológicos comerciais com as operadoras de constelações de pequenos satélites GeoOptics, Inc. e Spire Global, Inc. para fornecimento de dados de rádio ocultação baseados no espaço para fins de demonstração da qualidade e do valor em potencial dos dados para os serviços de previsão e alertas meteorológicos da Noaa.
  • A Atividade de Projetos de Pesquisa Avançada em Inteligência (Iarpa) está divulgando conjuntos de dados de satélites como parte de dois concursos com premiação cujo objetivo é alcançar grandes avanços na análise de imagens aéreas. O Desafio Mapeamento Tridimensional por Visão Estéreo convida pesquisadores e empreendedores a gerar com precisão nuvens de pontos 3D a partir de imagens de satélites por multivisão, enquanto o Desafio Mapa Funcional do Mundo convidará solucionadores a identificar funções de construção e uso do solo.

Essas e outras ações representam uma enorme promessa para aproveitar o potencial da revolução dos pequenos satélites e, finalmente, avançar o conhecimento e o entendimento do nosso próprio mundo e dos pontos mais longínquos do espaço sideral.