
Brasília, Brasil — O Programa Jovens Embaixadores do Brasil, que envia alunos brilhantes do ensino público para os Estados Unidos, está em seu 12º ano.
Até agora, 367 estudantes brasileiros viajaram para os Estados Unidos pelo programa de três semanas de duração. Em 2013, 12 mil estudantes inscreveram-se para as 37 vagas. Para selecionar os novos jovens embaixadores, a Embaixada dos EUA em Brasília fez parceria com 64 instituições brasileiras.
O Programa Jovens Embaixadores proporciona oportunidades para os estudantes compartilharem aspirações e alcançarem metas comuns. Os jovens embaixadores são provenientes de todos os 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Quando um jovem embaixador é escolhido, é sempre um grande evento de mídia em sua cidade natal, às vezes até com a apresentação de fanfarras na despedida. Os Estados Unidos são invariavelmente retratados como um bom parceiro que trabalha para ajudar os brasileiros a alcançar suas metas educacionais.
A Embaixada dos EUA mantém contato próximo com os ex-participantes do programa por meio de e-mail, mídias eletrônicas e contato pessoal. Mais de três quartos dos membros do Conselho da Juventude da Embaixada, criado em 2012, são ex-jovens embaixadores. Por meio de um programa de pequenas concessões criado em 2013, os ex-participantes podem se candidatar a verbas que ajudem a financiar seus projetos de empreendedorismo social. A Embaixada acredita que isso fortalecerá a rede de ex-participantes e também ampliará seu alcance em comunidades desfavorecidas recorrendo a conhecimentos e redes locais.
O Programa Jovens Embaixadores mantém uma página no Facebook. Na última contagem, a página tinha 39.620 seguidores. Os seguidores obviamente não são somente ex-jovens embaixadores, mas quase todos são jovens e ambiciosos, portanto, a página serve como multiplicador. Os jovens brasileiros ajudam a disseminar informações positivas sobre o Programa Jovens Embaixadores e sobre os Estados Unidos, por meio de apresentações em escolas e projetos sociais.
Todos os jovens embaixadores desenvolvem um projeto de empreendedorismo social como parte do programa, que eles implementam em parceria com comunidades locais ao retornarem ao Brasil.
Os funcionários da Embaixada dos EUA convidam os ex-jovens embaixadores locais para uma pizza sempre que viajam. Os jovens embaixadores fornecem informações úteis sobre atitudes e percepções de suas comunidades e estão sempre dispostos para conversar com o pessoal da Embaixada.
A Embaixada diz não conhecer nenhum caso em que um ex-jovem embaixador não tenha ido para o ensino superior, o que é uma conquista, considerando-se que eles são provenientes exclusivamente de escolas públicas e das áreas mais pobres da população. Apenas 14,2% dos brasileiros em idade universitária frequentam o ensino superior. Cerca de 70% dos jovens embaixadores entram nas universidades estaduais e federais mais concorridas.
Trinta jovens embaixadores receberam bolsas de estudo integrais de universidades americanas. Um deles está atualmente trabalhando como diretor de Admissões Internacionais na Universidade de Chicago. Muitos estão trabalhando em governos estaduais e locais. Oito fizeram estágio na Embaixada ou em consulados dos EUA; dois trabalham no Banco Bradesco; dois estão trabalhando na IBM-Brasil e outros dois na Dow-Brasil; três estão trabalhando no Ministério das Relações Exteriores; dez trabalham em centros binacionais Brasil-EUA e dois estão na Comissão Fulbright. Um jovem embaixador que está estudando na Universidade de Brasília tornou-se empresário com um negócio bem-sucedido de distribuição de camisetas.
A Embaixada dos EUA em Brasília desenvolveu o Programa Jovens Embaixadores em 2002 como uma maneira de atingir jovens brasileiros menos favorecidos. Ele deu origem a outras iniciativas, como o Programa de Imersão em Inglês que seleciona 125 candidatos a jovem embaixador para cursos intensivos de inglês em um dos centros binacionais e um acampamento de ciências só para meninas que incentiva alunas do ensino público a seguirem as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Parceiros dos EUA em centros binacionais criaram programas que oferecem bolsas de estudo integrais a alunos do ensino público. A Embaixada costuma ouvir de empresas privadas e governos estaduais e locais no Brasil que o Programa Jovens Embaixadores lhes serve de inspiração.