Mídias sociais. Você não pode ignorá-las e os candidatos políticos também não. Cada vez mais jovens acompanham as notícias através do Facebook, do Twitter e de sua concorrência. Da mesma forma que as redes sociais hoje oferecem informações sobre o mundo a seus usuários, e dentre estes há anunciantes e candidatos políticos, elas também oferecem novas ferramentas para alcançar um público específico com mensagens personalizadas somente para esses usuários.
Se você é candidato a um cargo público, as mídias sociais não são uma opção; são uma necessidade.
Fontes de informação
Em 2009, o Twitter mudou a pergunta que fazia aos usuários, passando de “O que você está fazendo?” para “O que está acontecendo?”. E o Facebook, famoso por perguntar “O que você está fazendo agora?”, passou a perguntar aos usuários “O que você está pensando agora?”. As mudanças refletem como as mídias sociais mais populares do mundo estão se tornando fontes legítimas de informação.
Isso é particularmente verdadeiro para pessoas com menos de 35 anos, diz Mindy Finn, consultora política e estrategista de mídias sociais. “O Facebook e as mídias sociais são a fonte número um de onde eles obtêm notícias*. Muitos dessa geração”, diz ela, “nunca acessam fontes tradicionais de notícias”.
Se os eleitores estão nas mídias sociais, candidatos políticos podem usar novas técnicas de publicidade digital para alcançá-los. Quer enviar uma mensagem sobre como reduzir dívidas de financiamento estudantil? Divulgue para universitários recém-formados. A ferramenta de públicos personalizados do Twitter, por exemplo, permite que as campanhas levem suas mensagens a um público de acordo com idade, endereço e outras informações demográficas.
Mindy observa que, mesmo com os candidatos podendo personalizar uma mensagem para um público específico, eles ainda precisam de uma estratégia global consistente. “É uma questão de controlar a messagem. É uma questão de criar uma determinada marca”, disse ela a jornalistas no Centro de Imprensa Estrangeira de Washington.
Um amplo panorama da mídia
As mídias sociais, diz Mindy, podem ser “bastante assustadoras” para os candidatos. Alguns temem que elas “sejam tão relevantes quanto seu último tuíte”, como escreveu Nicholas Carr, autor de A Geração Superficial: O que a Internet Está Fazendo Com Os Nossos Cérebros.
Mas as mídias sociais “são apenas uma parte de um aparato muito maior para alcançar as pessoas”, diz Joe Rospers, principal estrategista digital das duas campanhas presidenciais do presidente Obama.
As campanhas políticas ainda dependem muito da televisão — e anúncios de tevê continuam sendo, de longe, a parte mais cara de uma campanha nacional.
Anúncios por e-mail são mais eficientes para conseguir doações*. Toby Fallsgraff, diretor de e-mail da campanha do Obama em 2012, diz que isso acontece porque, ao olharem suas caixas de entrada em busca de e-mails, as pessoas “já estão preparadas para tomar estas decisões imediatas, o que não acontece quando você está olhando sua timeline [do Facebook]. Alguma coisa que você recebeu pode te levar a puxar o cartão de crédito”.
Qual é o resultado para os eleitores? As mídias sociais podem ser sua principal fonte de informação ou não. De qualquer maneira, diz Mindy, é empoderador ter “tantas opções para escolher”. Eleitores podem tomar suas próprias decisões, conclui ela. “Você tem o controle… e os candidatos não.”