Declaração conjunta EUA-Brasil sobre mudanças climáticas, segurança alimentar e novas tecnologias

Comunicados à imprensa

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil emitiram hoje a seguinte declaração conjunta:

Os Estados Unidos e o Brasil estão bem cientes de que a produção de alimentos precisa aumentar 70% nos próximos 25 anos para alimentar uma população estimada de nove bilhões de pessoas até 2050. Como os maiores produtores de alimentos do mundo, Brasil e Estados Unidos são parceiros nessa tarefa. Comprometemo-nos a trabalhar em conjunto para aumentar a eficiência por meio de novas tecnologias, a fim de atender à demanda cada vez maior de alimentos seguros e sustentáveis. Para atingir essa meta, estamos chamando a atenção para os seguintes itens cruciais a serem considerados por todos os países:

Mudanças climáticas: o Brasil e os Estados Unidos têm enfrentado recordes de seca e outros problemas climáticos e de produção nos últimos anos. Incitamos todos os países a compartilhar informações e pesquisas sobre práticas e tecnologias que aumentem substancialmente a produção, utilizem água com eficiência, reduzam a perda de alimentos, promovam a resiliência a eventos climáticos extremos e se adaptem às mudanças climáticas para que possamos atender à demanda crescente de alimentos.

Segurança alimentar: reconhecemos que muitos países ainda enfrentam sérios problemas de segurança alimentar. Observamos que o aumento das oportunidades e medidas comerciais menos restritivas são duas das maneiras mais eficazes de melhorar a segurança alimentar, especialmente para os países menos desenvolvidos. O Brasil e os Estados Unidos também reconhecem a importância de coletar e compartilhar dados mais detalhados sobre alimentos, produção agrícola e mercados; e de combater os efeitos das mudanças climáticas na produtividade agrícola e potencializar a tecnologia para melhorar a segurança alimentar global.

Novas tecnologias: os produtores de alimentos precisam ter acesso às mais novas e adequadas tecnologias agrícolas, inclusive melhoria da reprodução convencional, biotecnologia e outras tecnologias inovadoras. Incentivamos todos os países a avaliar novas tecnologias de maneira transparente, com base científica, e a aplicar medidas comerciais menos restritivas. Se isso não for feito, o resultado será distorções no mercado e perdas de oportunidades para aumentar a produtividade, o que por sua vez terá impacto negativo no meio ambiente, na produção agrícola e na segurança alimentar.