O Cônsul Geral dos EUA no Rio de Janeiro Visita Sítios Históricos Afro-Brasileiros na Região Portuária do Rio

O Cônsul Geral Creamer com o ativista afro-brasileiro Carlos Alberto Medeiros.
O Cônsul Geral Creamer com o ativista afro-brasileiro Carlos Alberto Medeiros.

No dia 10 de julho de 2014, o Cônsul Geral John S. Creamer participou de uma visita guiada a sítios históricos e culturais afro-brasileiros, localizados na Região Portuária do Rio de Janeiro.  A visita foi desenvolvida em apoio ao Plano de Ação Conjunto Brasil-EUA para a Promoção da Igualdade Étnica e Racial (JAPER).  O ativista afro-brasileiro Carlos Alberto Medeiros mostrou os diversos sítios ao Cônsul Geral, e discutiu temas relacionados às relações raciais no Brasil e nos EUA com ele.  Medeiros traduziu a autobiografia de Martin Luther King Jr. para o português, a ser lançada pela Zahar em setembro de 2014.

A visita teve início com uma parada no Cais do Valongo, um dos principais portos de entrada nas Américas para escravos chegados da África.  O Cais do Valongo foi redescoberto em 2011, durante escavações realizadas por ocasião da revitalização da Região Portuária do Rio de Janeiro, e transformado num sítio histórico e cultural pela Prefeitura.  Historiadores acreditam que, durante os séculos XVIII e XIX, mais de um milhão de escravos tenham chegado ao Brasil pelo Cais do Valongo.  O Cônsul Geral Creamer seguiu para a Pedra do Sal, um sítio histórico, religioso e cultural.  Localizada no centro de uma região denominada Pequena África, a qual abrigou diversas casas coletivas para escravos foragidos ou libertos, a Pedra do Sal é também famosa por ter sido o berço do samba no início do século XX.

O Cônsul Geral Creamer com a Diretora do Instituto, Mercedes Guimarães, e o ativista afro-brasileiro Carlos Alberto Medeiros.
O Cônsul Geral Creamer com a Diretora do Instituto, Mercedes Guimarães, e o ativista afro-brasileiro Carlos Alberto Medeiros.

O circuito também incluiu uma parada no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos.  O Instituto é um centro cultural privado, localizado numa casa construída sobre um terreno que havia sido previamente utilizado como cemitério para escravos africanos chegados recentemente ao Brasil e falecidos em decorrência de maus tratos durante a viagem.  O Cônsul Geral Creamer encontrou-se com a Diretora do Instituto, Mercedes Guimarães, que lhe forneceu informações sobre a como história dos Pretos Novos foi revelada em décadas recentes.  O circuito concluiu-se com uma visita ao Centro Cultural José Bonifácio, o centro de documentação e referência da Prefeitura do Rio de Janeiro para a história e a cultura afro-brasileiras.