Departamento do Tesouro dos Estados Unidos
Escritório de Relações Públicas
Comunicado à imprensa: 5 de janeiro de 2018
Contato: Relações Públicas do Tesouro, (202) 622-2960
Washington – Hoje, em atos consonantes à Ordem Executiva (E.O.) 13692, o Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA designou quatro autoridades, em exercício ou aposentadas, do governo venezuelano envolvidas em corrupção e repressão na Venezuela.
“O presidente Maduro e seu círculo interno continuam a colocar seus próprios interesses acima dos interesses do povo venezuelano”, disse o Secretário do Tesouro Steven T. Mnuchin. “Esses atos ressaltam a decisão dos Estados Unidos de responsabilizar Maduro e outros que estejam engajados em corrupção da Venezuela. Clamamos aos interessados e aos parceiros internacionais em todo o mundo que se unam a nós, enquanto nos postamos do lado do povo venezuelano para isolar ainda mais esse regime opressivo”.
Essas designações, todas contra autoridades militares de alto escalão, evidenciam que a corrupção e a repressão continuam florescendo no regime de Maduro, tanto por causa daqueles que se encontram atualmente em cargos governamentais, como devido a autoridades aposentadas que continuam se beneficiando do sistema corrupto, mesmo enquanto os cidadãos venezuelanos, a economia e as consagradas instituições democráticas definham. Mais recentemente, depois das eleições municipais, nas quais o seu Partido Socialista Unido da Venezuela quase varreu totalmente um campo amplamente incontestável, o presidente venezuelano Nicolas Maduro ameaçou banir os partidos políticos, que boicotassem as eleições, de se envolverem futuramente no processo político. A Assembleia Constituinte ilegítima da Venezuela, subsequentemente, emitiu um decreto que transformou a ameaça em imposição executiva, despojando efetivamente três influentes partidos venezuelanos de oposição, do direito de participar da eleição presidencial no próximo ano. Por meio de suas próprias ações continuadas, as quatro autoridades designadas hoje, rejeitaram a missão profissional republicana da instituição militar, que segundo a Constituição da Venezuela de 1999 é “isenta de tendência política… e jamais se coloca a serviço de qualquer pessoa ou partidarismo político”.
Como consequência dos atos de hoje, todos os bens das seguintes autoridades (em exercício ou aposentadas) do governo da Venezuela, que estejam sujeitos à jurisdição dos EUA, estão congelados, e os cidadãos americanos ficam de modo geral proibidos de realizarem transações com os mesmos.
- Rodolfo Clemente Marco Torres é governador do estado de Aragua e diretor externo na bancada de diretores da Petróleo de Venezuela, S.A. (PDVSA). Anteriormente, Marco Torres ocupou os cargos de ministro da Economia e Finanças, presidente do Banco da Venezuela e ministro para Alimentação, e também general reformado das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas. Supostamente, Marco Torres está implicado nos esquemas de corrupção envolvendo importação de alimentos, que são controlados pelos militares venezuelanos.
- Francisco Jose Rangel Gomez é o antigo governador do estado de Bolivar e general-de-divisão reformado do Exército Nacional. Rangel Gomes está implicado em atividades de corrupção, como o fortalecimento de gangues armadas, que operam em Bolivar, e o exercício de pressão sobre o judiciário para libertação de membros de gangues detidos, quando era governador. Rangel Gomez também se envolveu com redes de autoridades militares corruptas.
- Fabio Enrique Zavarse Pabon, general-de-divisão da Guarda Nacional Bolivariana, é comandante da Rede Estratégica de Defesa Integral da Capital das Forças Armadas Nacionais, e também dirigiu as Forças da Guarda Nacional Bolivariana no distrito da Capital da Venezuela. Supostamente, Zavarse Pabon é responsável por atos de repressão praticados por membros da Guarda Nacional Bolivariana contra manifestantes de rua na Venezuela.
- Gerardo Jose Izquierdo Torres, general-de-brigada do exército, é o ministro de Estado para a Nova Fronteira de Paz e secretário-executivo da Comissão Presidencial de Fronteira. Supostamente, ele usou seus cargos para lucrar com a corrupção às expensas do povo venezuelano.