Pesquisadores do Museu Nacional continuarão seus trabalhos nos Estados Unidos após incêndio

Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil, Comissão Fulbright e a Instituição Smithsonian anunciam programa emergencial de intercâmbio para 14 pesquisadores que perderam suas pesquisas devido ao incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

 

Um grupo de 14 pesquisadores que conduzia suas pesquisas nas instalações do Museu Nacional e perdeu seus trabalhos devido ao incêndio em setembro que dizimou as instalações do prédio e grande parte do riquíssimo acervo vai aos Estados Unidos para concluir seus trabalhos em museus da Instituição Smithsonian – maior complexo de museus, educação e pesquisa do mundo. O acordo será anunciado na sede do Museu Nacional, na segunda-feira, dia 17 de dezembro, às 10h, pelo cônsul-geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Scott Hamilton, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, o superintendente de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFRJ, Marcelo Byrro, o diretor executivo da Comissão Fulbright, Luiz Valcov Loureiro, e o pesquisador titular da Instituição Smithsonian, C. David de Santana.

Os 14 pesquisadores beneficiados pela iniciativa tiveram documentos, espécimes e outros itens essenciais às pesquisas destruídos pelo incêndio, impossibilitando a conclusão de experimentos e pesquisas. Diante da gravidade da situação, representantes da Missão Diplomática dos EUA no Brasil, do Departamento de Estado dos EUA, da Comissão Fulbright e da Instituição Smithsonian se mobilizaram para apoiar os pesquisadores. Equipes da Pró-Reitoria de Pesquisa da UFRJ e do Museu Nacional identificaram os pesquisadores com mais urgência em concluir seus trabalhos e enviaram uma lista de 14 nomes a representantes da Instituição Smithsonian, que identificaram instituições e museus ligados à instituição que poderiam receber os brasileiros por períodos de aproximadamente 30 dias em 2019. Para o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, essas bolsas darão o subsídio para que os alunos continuem desenvolvendo suas pesquisas, o que é crucial para o museu. “Perdemos parte de nosso acervo, mas não a nossa capacidade de produzir conhecimento. Um trabalho que fazemos com nossos pesquisadores, mas que se renova por meio de nossos alunos.”

As áreas de pesquisa são diversas, englobando Línguas Indígenas, Etnologia, Carcinologia, Aracnologia, Estudos Paleontológicos de Vertebrados, entre outras. “Os museus de história natural são um esforço coletivo para entender e preservar o mundo natural e cultural. O impacto da perda das coleções do Museu Nacional é global e representa um enorme obstáculo para aqueles cujos programas de pesquisa dependiam deles”, disse Kirk Johnson, diretor do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian. “O Smithsonian tem o prazer de firmar essa parceria com o Museu Nacional, o Departamento de Estado dos EUA e a Comissão Fulbright para permitir que esses alunos afetados por esta tragédia continuem suas pesquisas em Washington e se tornem a próxima geração de cientistas e antropólogos de história natural”, completou.

O Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, William Popp, disse: “O governo dos Estados Unidos reconhece a importância das pesquisas que foram interrompidas com esse trágico incêndio. Com esse programa, e com a cooperação dos nossos parceiros, a Missão Diplomática dos EUA no Brasil tem a honra de poder apoiar o Museu Nacional na continuidade de um dos principais objetivos de qualquer museu – a busca e disseminação de conhecimento”.

Serviço:
Anúncio do programa de intercâmbio para pesquisadores do Museu Nacional
Quando: 
17 de dezembro, às 10h
Onde: Auditório Macaco Tião, no Jardim Zoológico do Museu Nacional – Quinta da Boa Vista, São Cristóvão

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