Boa noite, senhoras e senhores.
Em nome do meu esposo, Luis, das minhas filhas, Stefanie e Natalia, e de toda a Missão dos Estados Unidos da América no Brasil, tenho o prazer de recebê-los aqui na embaixada, esta noite, para comemorar o nosso Dia da Independência.
I would also like to give a special welcome to my fellow Americans on this 4th of July celebration.
Antes de iniciarmos a nossa cerimônia, gostaria de condenar o terrível atentado terrorista no aeroporto internacional Ataturk em Istambul, na Turquia.
Nosso profundo pesar e condolências às famílias cujos entes queridos morreram nesse ataque covarde e insensato e desejamos uma rápida recuperação aos feridos. Permanecemos firmes em nosso apoio à Turquia, nosso aliado e parceiro na OTAN, bem como aos nossos amigos e aliados em todo o mundo, à medida que continuamos combatendo o terrorismo.
É uma honra tê-los todos aqui. Começo agradecendo os nossos colegas e amigos do governo brasileiro com quem temos uma estreita colaboração. Agradeço, em especial, aos nosso amigos do Itamaraty por trabalharem de maneira tão próxima com a minha equipe e comigo.
Temos aqui uma extraordinária representação da comunidade de nações, embaixadores, colegas do corpo diplomático, oficias militares representantes das forças armadas brasileiras, em particular eu gostaria de saudar o Almirante de Esquadra Eduardo Leal Ferreira, Excelentíssimo Sr. Comandante da Marinha do Brasil. Temos representantes da sociedade civil, do setor privado, da imprensa, da area acadêmica e cultural e de tantas outras áreas nas quais nossos países trabalham juntos. Queria agradecer a presença também das Polícias Civil, Militar, Federal e do Corpo de Bombeiros. Agradeço a presença de todos como também a sua parceria e amizade.
Duzentos e quarenta anos se passaram desde o 4 de julho de 1776, quando o Segundo Congresso Continental se reuniu na Filadélfia, estado da Pensilvânia, e declarou a independência das 13 colônias americanas da Grã-Bretanha.
Esta declaração começou com as seguintes palavras que têm sido imortalizadas ao longo da história dos Estados Unidos. É a seguinte:
“Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.
Desde a criação dos Estados Unidos, somos inspirados pelas ideias e valores que formam a base da forte e diversificada relação entre o Brasil e os Estados Unidos.
Esses valores e crenças foram estabelecidos muito antes que os nossos países tivessem uma relação diplomática oficial, quando ainda lutavam pela independência e pela definição de suas formas de governo. Conexões estas que se estenderam ao longo da história das duas sociedades.
Vejam, por exemplo, a troca de cartas, em 1786, entre o inconfidente José Joaquim da Maia – um estudante de medicina brasileiro na Europa – e Thomas Jefferson, o então enviado dos Estados Unidos na França, sobre movimentos de independência. Ou, o forte vínculo de amizade, construído numa aventura, entre o Marechal Cândido Rondon e o antigo presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, quando viajavam juntos pelo inexplorado Rio da Dúvida, na Amazônia cem anos atrás.
Basta ouvir alguns acordes de jazz e bossa-nova, ou as colaborações entre Frank Sinatra e Antônio Carlos Jobim para distinguir as notas musicais que unem os nossos artistas. Ou ter a oportunidade de conhecer, como eu fiz, uma brasileira de 16 anos, aluna de escola pública e aspirante a jovem cientista que ganhou uma bolsa de estudo para participar do Acampamento Nacional de Jovens Cientistas nos Estados Unidos. Suas conquistas e aspirações são um exemplo do grande potencial da cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos.
Os fortes vínculos entre brasileiros e americanos são o que une os nossos países na história e na atualidade. A parceria entre os nossos governos é um ponto fundamental dessa relação e é tão diversa e forte quanto os laços entre os nossos povos.
No ano passado, as nossas relações foram intensas e produtivas. Trabalhamos juntos para promover comércio e investimentos, e tratamos de desafios mundiais como os direitos humanos, a mudança climática global, e o vírus da Zika.
Estamos agora trabalhando também em parceria com o governo brasileiro enquanto o país se prepara para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos na Cidade Maravilhosa, que, eu acredito, serão espetaculares. E esse é somente um resumo da nossa cooperação oficial.
Em poucas palavras, o Brasil e os Estados Unidos são parceiros naturais. O céu é o limíte para o que podemos realizar quando trabalhamos juntos.
É uma honra e uma alegria estar aqui com vocês esta noite para comemorar esta importante data e trabalhar em parceria com vocês rumo a um futuro ainda mais brilhante para o Brasil, para os Estados Unidos e para nossos amigos e parceiros na região e no mundo.
Antes de concluir, quero agradecer às empresas americanas que, com suas contribuições generosas, tornaram possível esta comemoração. São muitos para citá-las individualmente, mas agradecemos sua generosidade. Muito obrigada!
Quero terminar esta fala citando um grande diplomata e escritor brasileiro, João Guimarães Rosa, que diz:
“Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, de igual para igual…”
Meus amigos brasileiros, temos tido muitas conversas substanciais e produtivas que unem ainda mais os nossos países e beneficiam ainda mais os nossos povos.
Para mim, essa experiencia tem sido incrivelmente compensadora e especial, tanto em termos profissionais quanto pessoais. Obrigada por comemorarem conosco o nosso Dia da Independência.
Agora eu gostaria de convidar a todos para um brinde.
Brindemos ao futuro do Brasil e dos Estados Unidos!
Obrigada e aproveitem a noite. Felicidades.