Escritório do Secretário de Imprensa
Washington, DC
8 de janeiro de 2020
Enquanto eu for presidente dos Estados Unidos, o Irã nunca terá a permissão de possuir uma arma nuclear.
Bom dia. Tenho o prazer de lhes informar: o povo americano deve estar extremamente grato e feliz por nenhum americano ter sido ferido no ataque da noite de ontem pelo regime iraniano. Não sofremos baixas, todos os nossos soldados estão salvos e apenas danos mínimos foram sofridos em nossas bases militares.
Nossas grandes forças [militares] americanas estão preparadas para qualquer coisa. O Irã parece estar recuando, o que é uma coisa boa para todas as partes envolvidas e uma coisa muito boa para o mundo.
Nenhuma vida americana ou iraquiana foi perdida graças às precauções tomadas, à dispersão de forças e a um sistema de alerta antecipado que funcionou muito bem. Eu saúdo a incrível habilidade e coragem dos homens e mulheres militares americanos.
Por muito tempo – desde 1979, para ser exato – nações têm tolerado o comportamento destrutivo e desestabilizador do Irã no Oriente Médio e além. Esses dias acabaram. O Irã tem sido o principal patrocinador de terrorismo, e sua busca por armas nucleares ameaça o mundo civilizado. Nunca deixaremos isso acontecer.
Na semana passada, tomamos uma medida decisiva para impedir que um terrorista implacável ameaçasse vidas americanas. Sob minha direção, as forças militares dos Estados Unidos eliminaram o principal terrorista do mundo, Qasem Soleimani. Como chefe da Força Quds, Soleimani foi pessoalmente responsável por algumas das absolutamente piores atrocidades.
Ele treinou exércitos terroristas, incluindo o Hezbollah, lançando ataques terroristas contra alvos civis. Ele gerou guerras civis sangrentas em toda a região. Ele feriu e matou brutalmente milhares de soldados dos EUA, além de plantar bombas na beira de estradas que mutilam e desmembram suas vítimas.
Soleimani ordenou os recentes ataques contra funcionários dos EUA no Iraque, ferindo severamente membros do serviço militar e mataram um americano, e ele arquitetou o ataque violento contra a Embaixada dos EUA em Bagdá. Nos últimos dias, ele estava planejando novos ataques a alvos americanos, mas o impedimos.
As mãos de Soleimani estavam encharcadas de sangue americano e iraniano. Ele deveria ter sido eliminado há muito tempo. Ao remover Soleimani, enviamos uma mensagem poderosa aos terroristas: Se vocês valorizam sua própria vida, não ameacem a vida de nosso povo.
Enquanto continuamos a avaliar opções em resposta à agressão iraniana, os Estados Unidos vão impor imediatamente mais sanções econômicas punitivas adicionais ao regime iraniano. Essas sanções poderosas serão mantidas até que o Irã mude seu comportamento.
Somente nos últimos meses, o Irã apreendeu navios em águas internacionais, disparou um ataque não provocado à Arábia Saudita e abateu dois drones dos EUA.
As hostilidades por parte do Irã se agravaram substancialmente depois que o insensato acordo nuclear com o Irã foi firmado em 2013, e receberam US$ 150 bilhões, sem mencionar US$ 1,8 bilhão em dinheiro. Em vez de dizer “obrigado” aos Estados Unidos, eles entoaram “morte aos Estados Unidos”. Na verdade, eles entoaram “morte aos Estados Unidos” no dia em que o acordo foi firmado.
Posteriormente, o Irã entrou em uma onda de terror, financiado pelo dinheiro do acordo, e criou um inferno no Iêmen, na Síria, no Líbano, no Afeganistão e no Iraque. Os mísseis lançados ontem à noite contra nós e nossos aliados foram pagos com os fundos disponibilizados pelo último governo. O regime também apertou bastante as rédeas em seu próprio país, até matando 1.500 pessoas recentemente em muitos protestos que estão ocorrendo em todo o Irã.
De qualquer maneira, o muito imperfeito JCPOA [Plano de Ação Conjunta Abrangente] expira em breve e proporciona ao Irã um caminho livre para o rompimento nuclear. O Irã deve abandonar suas ambições nucleares e pôr fim a seu apoio ao terrorismo. Chegou a hora de o Reino Unido, a Alemanha, a França, a Rússia e a China reconhecerem essa realidade.
Agora eles precisam se afastar dos resquícios do acordo com o Irã – ou JCPOA – e todos nós devemos trabalhar juntos a fim de fazer um acordo com o Irã que torne o mundo um lugar mais seguro e mais pacífico. Também devemos fazer um acordo que permita que o Irã se desenvolva e prospere, e tirar proveito de seu enorme potencial inexplorado. O Irã pode ser um grandioso país.
A paz e a estabilidade não podem prevalecer no Oriente Médio enquanto o Irã continuar a fomentar violência, conflitos, ódio e guerra. O mundo civilizado deve enviar uma mensagem clara e unificada para o regime iraniano: Sua campanha de terror, assassinato, caos não será mais tolerada. Não poderá seguir adiante.
Hoje, vou pedir à Otan que se envolva muito mais no processo do Oriente Médio. Nos últimos três anos, sob minha liderança, nossa economia ficou mais forte do que nunca e os Estados Unidos alcançaram a independência energética. Essas conquistas históricas mudaram nossas prioridades estratégicas. São conquistas que ninguém pensou serem possíveis. E as opções no Oriente Médio se tornaram disponíveis. Agora somos o produtor número um de petróleo e gás natural do mundo. Somos independentes, e não precisamos do petróleo do Oriente Médio.
As forças militares americanas foram completamente reconstruídas sob a regência do meu governo, a um custo de US$ 2,5 trilhões. As Forças Armadas dos EUA estão mais fortes do que nunca. Nossos mísseis são grandes, poderosos, precisos, letais e velozes. Muitos mísseis hipersônicos estão em construção.
No entanto, o fato de que temos esse grande Exército e equipamentos não significa que precisamos usá-los. Não queremos usá-los. A força americana, militar e econômica, é o melhor impedimento.
Há três meses, depois de destruir 100% do Estado Islâmico [EI] e seu califado territorial, matamos o líder selvagem do EI, al-Baghdadi, que foi responsável por tantas mortes, incluindo as decapitações em massa de cristãos, muçulmanos e todos os que estavam em seu caminho. Ele era um monstro. Al-Baghdadi estava tentando novamente reconstruir o califado do EI, e fracassou.
Dezenas de milhares de combatentes do EI foram mortos ou capturados durante meu governo. O EI é um inimigo natural do Irã. A destruição do EI é boa para o Irã, e devemos trabalhar juntos nesta e em outras prioridades compartilhadas.
Finalmente, para o povo e os líderes do Irã: queremos que vocês tenham um futuro e um grande futuro – um que vocês merecem, de prosperidade internamente e de harmonia com as nações do mundo. Os Estados Unidos estão prontos para abraçar a paz com todos que a procuram.
Quero agradecer a vocês e que Deus abençoe os Estados Unidos da América. Muito obrigado. Obrigado. Obrigado.
FIM 11h37 (horário da Costa Leste dos EUA)