Secretário de Estado Michael R. Pompeo Na Reunião dos Ministros da Coalizão Global para Combater o Estado Islâmico

DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS ESTADOS UNIDOS

Gabinete da Porta-Voz
Para divulgação imediata

Declarações

Loy Henderson Auditorium

Washington, D.C.

SECRETÁRIO POMPEO: Bom dia a todos. Que grupo glorioso de se ver reunido, e obrigado a todos por viajarem aqui para Washington para este importante encontro. Ao longo do último ano, cinco parceiros já aderiram à coalizão, que agora conta com 79 nações fortes. Aos nossos novos membros, Quênia e Fiji: Bem-vindos à luta.

Também reconhecemos hoje o novo enviado especial à Coalizão Global para Combater o Estado Islâmico, o embaixador Jim Jeffrey. Jim, seja bem-vindo. Jim também está servindo como nosso representante especial para a Síria, e temos a sorte de tê-lo na equipe.

E, finalmente, quero também dar as boas-vindas ao Secretário de Defesa interino, Shanahan. Pat, é bom te ver. Bem-vindo.

Vocês todos sabem porque estamos aqui. O EI continua sendo uma ameaça, uma ameaça que é responsabilidade da nossa geração parar. O presidente Trump chamou o EI de, abre aspas, “assassinos sanguinários”, fecha aspas, e é verdade. Torturas públicas, crucificações e escravidão. Apedrejamento de mulheres e casamentos forçados com meninas de 13 anos. Nós ouvimos muitas histórias. Nós quase nos tornamos insensíveis ao quão escandalosas são essas histórias.

A boa notícia para todos nós e, graças a todos vocês, é que tivemos um progresso real e significativo. Nossos esforços liberaram mais de 110.000 quilômetros quadrados de território, libertaram mais de 7 milhões de homens e mulheres da tirania e permitiram que mais de 4 milhões de deslocados no Iraque voltassem para casa. Esses são os números. Esse é o bom trabalho que fizemos.

Por trás dos números, por trás dos dados, estão histórias da vida real como a de uma menina Yezidi chamada Yasmeen. Ela, juntamente com seus pais e oito irmãos, fugiu de sua aldeia quando o EI chegou à cidade. Seu pai foi morto; o corpo dele nunca foi encontrado. Mas agora, cinco anos depois, Yasmeen está segura; ela está de volta à escola. Ela pode dormir à noite. Ela pode sonhar. Pessoas como Yasmeen são o motivo porque estamos aqui hoje. Nós nunca devemos esquecer isso.

Todos nós sabemos – e é por isso que estamos aqui hoje – que há mais trabalho pela frente. O recente atentado suicida em Manbij mostra que o EI continua sendo uma perigosa ameaça em territórios que ele não controla.

Quero falar sobre os quatro principais objetivos que todos nós devemos abraçar hoje, que delineamos em uma declaração conjunta que foi divulgada. Mas eu quero comentar esses objetivos com vocês.

Primeiro, devemos nos comprometer novamente com o objetivo de derrotar permanentemente o EI. Para que nossa vitória seja final e duradoura, o EI não deve mais representar uma ameaça às nossas respectivas pátrias ou funcionar como uma rede global. Não deve haver mais paraísos seguros nos quais o EI possa operar. E o EI tem de ser incapacitado de espalhar sua mensagem e fazer lavagem cerebral nas novas gerações com sua ideologia doentia.

Para garantir que isso aconteça, devemos atacar as redes e operações residuais do EI. Estamos entrando em uma era de “jihad descentralizada”, então devemos ser mais ágeis em nossa abordagem também. A natureza da luta está mudando. Todos nós precisamos reforçar nossa capacidade de compartilhar informações uns com os outros.

Nesta nova era, a aplicação da lei local e o compartilhamento de informações serão cruciais, e nossa luta nem sempre será necessariamente liderada pelos militares. É por isso que o anúncio do presidente Trump de que as tropas dos EUA vão se retirar da Síria não é o fim da luta dos Estados Unidos. A luta é aquela que continuaremos a travar ao seu lado. A retirada de tropas é essencialmente uma mudança tática – não é uma mudança na missão. Esse ato não altera a estrutura, o design nem as autoridades nas quais a campanha foi baseada.

A retirada simplesmente representa um novo estágio em uma luta antiga. A redução será bem coordenada e nossas prioridades políticas na Síria permanecerão inalteradas.

Além do foco da coalizão em derrotar o EI, estamos comprometidos com as seguintes medidas. Primeiro, uma solução política em consonância com a Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU. A remoção de todas as forças lideradas pelo Irã da Síria.

Nossa missão é inabalável, mas precisamos de sua ajuda para realizá-la, assim como tivemos nos últimos meses e anos. Para esse fim, pedimos que nossos parceiros de coalizão considerem com seriedade e rapidez os pedidos que permitirão que nossos esforços continuem. E esses pedidos provavelmente virão em breve.

Nosso segundo objetivo deve ser o de reafirmar nosso apoio ao governo do Iraque em sua luta contra o terrorismo.

Gostaria de saudar pessoalmente o ministro de Relações Exteriores iraquiano, Mohammed al-Hakim, em nossa reunião ministerial. Vamos dar a ele uma salva de palmas. (Aplausos)

Hoje, esta coalizão reafirma e renova nosso compromisso com o Iraque e com as Forças de Segurança do Iraque, que fizeram um enorme progresso em sua capacidade de conduzir operações contra o EI. Isso é realmente uma boa notícia.

A má notícia no Iraque é que recentes manchetes mostram que o EI mantém uma presença real naquele país e está tentando montar uma insurgência clandestina. Nossa coalizão deve continuar a apoiar o governo do Iraque em seus esforços para garantir as áreas liberadas daquele país. Ministro de Relações Exteriores, estamos com você.

Nosso terceiro objetivo é traçar um caminho para 2019 e além.

À medida que a estrutura organizacional do EI continua a evoluir, é fundamental encontrar novas maneiras  – novas formas eficazes – de atacá-lo. Isso significa implementar os planos de ação desenvolvidos pelos quatro grupos de trabalho de nossa coalizão. Significa apoiar a assistência humanitária, a limpeza das minas terrestres e os esforços de estabilização dentro da Síria. E, para ajudar as comunidades a remover escombros e restaurar os serviços essenciais no Iraque, precisamos garantir um financiamento de estabilização, que está enfrentando um déficit de aproximadamente US$ 350 milhões.

Nós todos concordamos que esta é uma prioridade crítica de segurança nacional e humanitária, então, agora é a hora de todos nós – não apenas dos Estados Unidos – de colocar nosso dinheiro onde está nossa boca. Todos devem contribuir.

Os membros desta coalizão devem estar dispostos a receber de volta combatentes terroristas estrangeiros, processá-los e puni-los.

Para interromper o fluxo de armas e materiais sensíveis, precisamos continuar a construir uma segurança estratégica nas fronteiras, compartilhando informações e mirando em redes financeiras terroristas onde quer que as encontremos. E para contrariar a disseminação de uma ideologia radical islâmica, precisamos continuar a parceria com organizações como o Middle East Broadcasting Center e o Sawab Center.

Nosso quarto e último objetivo é promover a justiça para as vítimas e garantir que o EI seja responsabilizado pelas atrocidades cometidas. No almoço de hoje, vamos ouvir duas pessoas que trabalham duro para esse objetivo:

Uma delas é Nadia Murad, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2018; e o outro é o assessor especial da ONU, Karim Khan. Ambos têm lições importantes, histórias importantes e fatos importantes para cada um de nós considerar.

Então, esses são nossos quatro objetivos. Trabalhando juntos, estou muito confiante de que realizaremos cada um deles.

Há apenas algumas semanas no Cairo, reiterei o compromisso dos EUA de erradicar o EI e outros grupos terroristas. Essa é a minha mensagem novamente aqui hoje em Washington: os Estados Unidos continuarão liderando a luta contra àqueles que querem nos destruir.

Pedimos a cada um de seus países que nos acompanhe. E, através de nossos esforços e da ajuda de Deus, chegará o dia em que a derrota permanente do EI é uma realidade. Obrigado. Obrigado por estarem conosco aqui hoje.

Gostaria agora de convidar o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Mohammed al-Hakim, para fazer também algumas breves observações. (Aplausos)

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES AL-HAKIM: Vou fazer meu discurso em árabe, então estejam preparado. Muito obrigado, Secretário, senhoras e senhores.

(Via intérprete) Permita-me neste início estender meus mais profundos agradecimentos aos Estados Unidos por sediar este evento e por toda preparação e organização.Também gostaria de expressar a gratidão do meu governo e do povo do Iraque a todos os países que nos apoiaram e continuam a nos apoiar em nossa guerra contra o terrorismo, seja em nível de treinamento, equipamentos ou consultas para armar forças de segurança de todos tipos e formas. E estes também fizeram os melhores sacrifícios para libertar o território iraquiano do terrorismo.

Estou muito feliz por participar deste grande evento. Também estendo os agradecimentos do Iraque, como povo e governo, ao nosso irmão Kuwait por seu apoio à reconstrução, por sediar a conferência sobre a reconstrução do Iraque em fevereiro de 2018 e também aos países que aderiram a este esforço. Saúdo também Nadia Murad, a emissora da paz, que também ganhou o prêmio Nobel por seus esforços contra – por expor os crimes do Daesh e lutar contra sua ideologia. Saúdo também a presença de Karim Khan e agradeço a ele pelos esforços no recolhimento de provas sobre os crimes cometidos pelo Daesh.

Senhoras e senhores, o Iraque obtém o apoio da união de seu povo e da integridade de seu território. Nosso país conseguiu restaurar sua paz e segurança com a ajuda da coalizão depois de um período muito difícil em que muitos apostaram que não seria capaz de superar. O Iraque conduziu sua primeira eleição para – seu processo eleitoral, e – que ocorreu no devido tempo com um – e está determinado a combater a corrupção e fornecer os serviços básicos aos cidadãos em todas as cidades do Iraque, e manter a prosperidade da economia, e devolver os deslocados para suas áreas. Apelo a todos os países do mundo para ajudar o Iraque a combater as células adormecidas do Daesh em todo o país e a ajudar o Iraque a restaurar sua estabilidade e devolver as áreas liberadas aos que a tinham antes – devolve-las aos seus donos para que o terrorismo não vença.

Senhoras e senhores, hoje, graças aos nossos esforços e sacrifícios, estamos juntos em um processo de passar da ação militar para as operações de segurança e inteligência, a fim de manter um ambiente seguro para o retorno dos deslocados internos. Nossas forças de segurança conduziram operações preventivas de segurança em que frustraram uma série de ataques terroristas. Com base nisso, o governo do meu país espera que a coalizão internacional continue apoiando as forças de segurança na área de treinamento qualitativo, equipamento e posição do Iraque em sua guerra justa, a qual continua acontecendo em nome do todo mundo. A segurança, a paz e a estabilidade do Iraque fazem parte da estabilidade e da paz mundial.

O Iraque saúda os esforços da coalizão internacional no Iraque, que culminou com a derrota do terrorismo, e reitera a importância de considerar os princípios básicos sobre os quais a coalizão internacional – global foi construída, incluindo principalmente o completo respeito à integridade territorial do Iraque e para que todas as operações ocorram com o conhecimento do governo do Iraque, e em consulta com as forças de segurança do Iraque, e com total respeito pela constituição iraquiana e pela permanência do Iraque na carta da ONU.

Nesse mesmo contexto, enfatizamos a importância de intensificar os esforços da coalizão para combater o terrorismo na Síria e garantir que ele não volte, levando em consideração também a integridade do território sírio para manter a grande vitória que nós também conseguimos contra o terrorismo transnacional. Também instamos os países irmãos a manter – a respeitar suas promessas feitas durante a conferência de reconstrução realizada no Kuwait em fevereiro de 2018.

Senhoras e senhores, um dos aspectos mais importantes da devolução da estabilidade ao Iraque é também obter – livrar-se das minas, minas terrestres e restos de equipamento. Isso garantirá o retorno seguro dos deslocados internos, e isso requer esforço coordenado e apoio técnico da parte dos envolvidos. Louvamos aqui os esforços das Nações Unidas, especialmente do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas e das ONGs nesse sentido.

Desde que uma nova era começou após derrotar o terrorismo, o Iraque está determinado, com a ajuda da comunidade internacional, a alcançar justiça e responsabilidade pelos crimes cometidos pela organização terrorista EI contra o povo iraquiano, especialmente contra grupos étnicos e religiosos no Iraque. Segundo o mecanismo internacional que o Conselho de Segurança da ONU 2379 estabeleceu em 2017, a estabilidade e a derrota do Estado Islâmico no Iraque são fatores muito importantes para alcançar a justiça real, além do respeito à soberania do Iraque e seus sistemas judiciários em todas as etapas do processo da justiça criminal.

Senhoras e senhores, nesse sentido, o Iraque está coordenando seus esforços com Karim Khan a fim de facilitar sua missão de acordo com a autorização dada a ele enquanto respeita o sistema legal e judicial do Iraque. Pedimos aos países da coalizão que forneçam apoio logístico e técnico para apoiar os esforços locais do Iraque para responsabilizar o Daesh por suas ações, que equivalem a crimes – crimes de Guerra, guerras contra a humanidade e genocídio.

Em conclusão, reitero meus agradecimentos aos Estados Unidos e a você, secretário, por sediar esta reunião, e aos países da coalizão pelo apoio que nos deram. Valorizamos o trabalho de todas as comissões decorrentes deste evento, e muito obrigado.

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Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.