O secretário de Estado John Kerry delineou uma série de princípios que, segundo ele, poderiam formar a base de um futuro acordo de paz entre Israel e os palestinos.
Falando em 28 de dezembro, Kerry disse que deve haver uma solução de dois Estados que inclua uma “fronteira segura e reconhecida” entre Israel e a nova nação da Palestina. E que qualquer acordo deve ajudar os refugiados palestinos, designar Jerusalém como capital para ambos os estados e satisfazer as necessidades de segurança de Israel.
Kerry também defendeu a decisão do governo Obama de permitir que o Conselho de Segurança da ONU declarasse ilegais os assentamentos israelenses e alertou que o futuro de Israel como democracia está em jogo.
“Os Estados Unidos de fato votaram de acordo com nossos valores, assim como fizeram os governos anteriores”, disse Kerry no Departamento de Estado. “A votação nas Nações Unidas foi sobre a preservação da solução de dois Estados. É isso que estamos defendendo.
Departamento de Estado: “Não há absolutamente nenhuma justificação para o terrorismo, e nunca haverá.” – Secretário @JohnKerry @StateDept
Kerry também enfatizou o papel que os assentamentos de Israel desempenham nas negociações de paz. “Os assentamentos não são a causa do conflito”, disse ele, “mas ninguém pode ignorar a realidade da ameaça que representam para a paz”.
Por anos Israel tem expandido seus assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental apesar dos apelos para controlá-los. O governo de Israel argumentou que os congelamentos de assentamentos anteriores não conseguiram estimular o progresso rumo a um acordo de paz e que detê-los ou removê-los não deve ser uma pré-condição para futuros diálogos.
Kerry refutou os argumentos que Israel usou para defender os assentamentos, declarando que “a agenda dos colonos está definindo o futuro de Israel”. Ele alertou que, a menos que algo aconteça logo, Israel corre o risco de uma ocupação permanente do território palestino e isso seria um resultado insustentável.
“Separados e desiguais é o [resultado] que você teria, e ninguém pode explicar como isso funciona”, disse Kerry.
Kerry reiterou que o compromisso do governo Obama com Israel era tão forte quanto o dos presidentes anteriores, e que “nenhum governo americano fez mais pela segurança de Israel do que o de Barack Obama”.
Leigh Hartman, do ShareAmerica, contribuiu para esta reportagem.