Departamento de Justiça dos Estados Unidos
PARA DIVULGAÇÃO IMEDIATA QUINTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2019
Observação: Vide cópia da acusação aqui.
WASHINGTON – Na manhã de hoje, a extensiva coordenação e cooperação de esforços entre as autoridades policiais dos Estados Unidos e do Brasil culminaram com a execução de uma notável operação policial do Departamento da Polícia Federal (DPF) do Brasil para interromper e desmantelar uma organização transnacional de contrabando de estrangeiros, que incluiu a detenção, derivada das acusações brasileiras, de um traficante de pessoas que foi também acusado nos Estados Unidos. Supostamente, os traficantes de pessoas visados nessa operação são responsáveis pelo contrabando de grande número de indivíduos do sul da Ásia e de outros lugares para o Brasil, e finalmente para os Estados Unidos.
Saifullah Al-Mamun, também conhecido como Saiful Al-Mamun, de 32 anos, foi detido no Brasil. Al-Mamun foi acusado em acusação substitutiva não-selada, hoje, no Juízo Federal dos EUA do Distrito Sul do Texas – a Divisão Laredo apresentou, contra o mesmo, oito acusações por crime de conspiração e contrabando de estrangeiros. A operação policial incluiu a execução de vários mandados de busca, e detenções adicionais de sete traficantes de pessoas acusados no Brasil e sediados no país: Saifullah Al-Mamun, 32 anos; Saiful Islam, 32 anos; Tamoor Khalid, 31 anos; Nazrul Islam, 41 anos; Mohammad Ifran Chaudhary, 39 anos; Mohammad Nizam Uddin, 28 anos; e Md Bulbul Hossain, 36 anos.
Segundo os termos da denúncia, Al-Mamun teria supostamente abrigado os estrangeiros em São Paulo, no Brasil, coordenando as viagens dos mesmos por meio de uma rede de traficantes de pessoas que operam desde o Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala e México, até os Estados Unidos. Como retribuição pelo contrabando dos estrangeiros para dentro dos Estados Unidos, supostamente, Al-Mamun e seus dois co-conspiradores teriam negociado pagamentos a serem realizados no México, América Central, América do Sul, Bangladesh e em outros locais.
“A acusação apresentada hoje demonstra nosso compromisso em processar, aqui nos Estados Unidos, os traficantes de pessoas que colocam a segurança pública do nosso país em perigo ao tentarem contornar nosso sistema de imigração legal”, afirmou o procurador-geral assistente, Brian A. Benczkowski, da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos EUA. “Continuaremos a colaborar com nossos parceiros policiais estrangeiros, responsabilizando os traficantes de pessoas internacionais pela ameaça que representam para a segurança nacional do Brasil, dos Estados Unidos e de outras nações.”
“As organizações transnacionais de tráfico de pessoas ameaçam a segurança dos Estados Unidos”, afirmou o agente especial encarregado Scott Brown, da Seção de Investigações de Segurança Interna (HSI) da Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA, em Phoenix. “Essas detenções, por meio de um esforço conjunto notável com nossos parceiros da polícia nacional e internacional, representam outra vitória enquanto continuamos a investigar e desmantelar aqueles que conspiram comprometendo as leis de imigração das nossas nações para ganho pessoal.”
Milon Miah, cidadão de Bangladesh que residia em Tapachula, no México, foi detido no dia 31 de agosto quando chegava ao Aeroporto Internacional George Bush, em Houston, Texas, e responderá pelas acusações, contidas na acusação substitutiva, por suas atividades no esquema de contrabando de estrangeiros para os Estados Unidos. Moktar Hossain, de 31 anos, cidadão de Bangladesh, que residiu anteriormente em Monterrey, México, declarou-se culpado no dia 27 de agosto pelas funções que desempenhou no esquema de contrabando de estrangeiros para os Estados Unidos, com fins de receber vantagens comerciais ou lucro financeiro.
Ambas, a acusação contra Al-Mamun e a assistência concedida pelas autoridades dos EUA para a polícia brasileira foram coordenadas de acordo com o programa da Força de Ataque de Combate a Viagens Extraterritoriais Criminosas [Extraterritorial Criminal Travel Strike Force (ECT) Program], uma parceria entre a Seção de Direitos Humanos e Processos Especiais (HRSP), da Divisão Criminal do Departamento de Justiça e a Seção de Investigações de Segurança Interna (HSI). O programa ECT está focado nas redes de tráfico de pessoas que podem representar riscos específicos à segurança nacional ou à segurança pública, ou que representem graves preocupações humanitárias. O ECT possui recursos dedicados de investigação, inteligência e processuais. O ECT coordena e recebe assistência de outras instituições do governo dos EUA e de autoridades policiais estrangeiras. A HSI Phoenix liderou os esforços investigativos dos EUA, trabalhando em coordenação com a HSI Brasília, a HSI Laredo, a Unidade HSI de Combate ao Tráfico de Pessoas do Programa ECT, a Seção de Operações Policiais e de Remoção do ICE, o Centro Nacional de Direcionamento de Aduana e Proteção de Fronteira dos EUA, o Centro de Operações e Inteligência Organizadas Internacionalmente, o Adido HSI do Departamento de Defesa dos EUA, o Comando Sul dos EUA, a Operação CITADEL, BITMAP, e o Centro Nacional de Direcionamento. Tanto a HRSP da Divisão Criminal quanto o Escritório de Assuntos Internacionais, do Departamento de Justiça, concederam assistência significante nesse caso.
Os promotores, James Hepburn, Erin Cox e Mona Sahaf da Seção de Direitos Humanos e Processos Especiais da Divisão Criminal estão coordenando a investigação americana com a assistência do Gabinete da Promotoria Federal do Distrito Sul do Texas.
As acusações contidas na denúncia contra Al-Mamun são meras alegações com base no princípio de presunção de inocência até que provem o contrário em juízo.
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Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.